quinta-feira, 30 de abril de 2015

o Deus que cuida

 



 
Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestuário?
Olhai para as aves do céu; não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros, e contudo, o vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
 
Mateus 6.25-26
 

pelo caminho...

Andar a pé permite-me olhar melhor à minha volta, com mais atenção. Sinto os cheiros, o frio, o calor, o pulsar do dia. Pelo caminho os encontros são vários, mas há dois que aprecio especialmente. Este cavalo, perto da escola dos meninos e o rebanho habitual, mesmo ao virar a esquina da rua da nossa casa. Sabe bem andar a pé!





quarta-feira, 29 de abril de 2015

voar

Se passa um dia em que não tem oportunidade de se sentar a esta mesa com os seus bonecos, diz ter saudades. À brincadeira junta-se agora o lego. Peças pequeninas que vai construindo até onde a imaginação deixa. Ouvir e mirá-lo é uma perfeita delícia. É tão bom brincar!

segurança.


um banco num local certo.

Este sobreiro é uma das minhas árvores favoritas das redondezas. Talvez se recordem, já falei dela aqui. Agora, há um banco convidativo debaixo dela e um parque em construção por detrás. Ah! Coisa boa!



segunda-feira, 27 de abril de 2015

construções

Fazer um castelo medieval para a disciplina de história, era a tarefa. Hum...vamos lá simplificar isto.
 


expressão de amor.


"As pessoas caíam-lhe no goto- como se o que acontecia àquelas com quem falava lhe passasse a acontecer, então, a ela."
Flannery O'Connor
 

por uma desta tirava a carta mais depressa.


Sempre que vou ao dentista passo por ela. Parada, no mesmo local, como se estivesse à minha espera. 
É um sonho antigo. Em miúda imaginava-me dentro de uma com amigos, numa viagem à beira do oceano. Agora, gostava de colocar a famelga dentro dela e partir à descoberta, mundo afora. Nesta cor ou vermelha, vá, não sou esquisita.

Salmo 146.5-6


Feliz aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está no Senhor seu Deus, criador dos céus e da terra, do mar e de tudo o que neles há, o Senhor que permanece fiel para sempre.
 

quando os amigos acertam.


domingo, 26 de abril de 2015

alegria em meio à dor.

 
 
Lembro-me como se hoje fosse da noite em que o meu irmão ligou a dizer que a nossa avó Guida tinha partido para o Senhor. Janeiro de 2002. Estava com o Tim em Espanha, onde ele tirava um curso de uma semana. Minutos antes tínhamos visto nevar pela primeira vez. 10 minutos. Prenda de Deus antes da notícia via telefone. No manhã seguinte dei comigo sozinha no parque gelado, a olhar a montanha no horizonte com os cumes cobertos de neve. A primeira manhã do resto da minha vida. Na viagem de comboio Madrid-Lisboa li o livro que pertencera à minha avó, "Na casa de meu Pai", da Corrie Ten Boom. Nessa viagem, feita durante a noite, as seguintes palavras ficaram impressas no meu coração:
 
"William disse:
-Vamos até à praia para gozar de tão glorioso dia!- e começou a entoar em alta voz uma música de Bach.
De algum modo era aceitável o regozijo íntimo; entretanto, não achava correto exteriorizar tais sentimentos.
-William, como podes tu agir dessa maneira? Tia Bep acaba de falecer; não devias mostrar-te tão alegre!...
-É claro que devemos estar alegres, Corrie. Um filho de Deus é um cidadão dos céus; a atitude do cristão deve ser de louvor diante da morte de alguém. O nosso pesar pela morte da tia Bep seria um tipo de egoísmo da nossa parte, assim como se sofrêssemos por nós mesmos.
 

Cheguei a Lisboa com o coração cheio de paz e com uma alegria íntima que não conseguia explicar. Por este simples e maravilhoso facto: saber que a vovó que eu tanto amava estava com o Senhor, em perfeito gozo, melhor do que jamais estivera! A alegria em saber que estava perfeitamente feliz tornara-se maior que a minha tristeza, algures, naquela viagem de comboio.
Mas, durante algum tempo, quando perdemos alguém que amamos muito, que faz realmente parte de nós, há como que uma peça de um puzzle em falta. Por vezes até as ruas nos parecem diferentes. Mas Deus, no Seu tempo, de maneira graciosa preenche a lacuna. Ele é o perfeito Consolador.

 

quinta-feira, 23 de abril de 2015

um final de tarde.





companhia.

há momentos em que as palavras saltam para fora. há outros, em que a intensidade do que sentimentos é tão forte que tudo o que conseguimos fazer é ficar em silêncio, desejando ter um mecanismo que nos torne invisíveis.
há uma amiga que chega e nos alcança, abraçando-nos e outra que nos leva pela mão o resto do caminho. Deus segura-nos. então, as lágrimas saltam outra vez.
 

terça-feira, 21 de abril de 2015

de volta a casa.


 
 
Nunca tinha perdido um amigo. Vi partir o meu padrinho Zé Carlos, os meus avós e eles eram meus amigos, mas... nunca tinha perdido um amigo.
O Paulo foi exemplo e inspiração para mim muitas vezes, em diversas alturas. Estou imensamente grata a Deus pela sua vida e pela forma com abençoou a minha e a de tantos. Mas, acima de tudo, estou grata por ter visto nele aquilo que mais desejo ver nas pessoas que amo: a graça de Deus. Porque isso diz-me o lugar onde está agora e onde voltaremos a nos encontrar. E não há maior conforto e alegria do que esta!
 
Faço minhas as palavras da Blythe Hunt, ao perder uma amiga querida:
Não perdemos o Paulo. No céu, iremos vê-lo novamente. O Paulo não está perdido, está restaurado. A minha amizade com ele não terminou ou desapareceu, foi simplesmente interrompida. Por um breve período de tempo até, também ela, ser restaurada.
 

Sou imortal até que Deus me diga : Regressa!
-Spurgeon-

A morte não é o fim. É apenas o começo de toda a eternidade.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

um abismo de diferença

A grande diferença entre um ser humano e um ser supremo é precisamente esta: Sem Deus, não posso existir. Sem mim, Deus existe. Deus não precisa de mim para existir, eu preciso dEle. Esta é diferença entre o que chamamos de "ser auto-existente" e "ser dependente". Somos dependentes. Somos frágeis. Não podemos viver sem ar, sem água, sm comida. Nenhum ser humano tem, em si mesmo, o poder de existir. Precisamos de um sistema que nos mantenha vivos desde a hora do nascimento até à hora da nossa morte. Somos como flores que desabrocham, e depois secam e murcham. É assim que diferimos de Deus. Ele não seca, não murcha, não é frágil.
-R.C. Sproul-
 
O maior e melhor homem do mundo deve dizer: pela graça de Deus, sou o que sou, mas, Deus diz absolutamente... sou o que sou.
-Matthew Henry-


sexta-feira, 17 de abril de 2015

um dia com o filho do meio.



Curioso, interessado e cheio de vida. Estar com ele um dia é saber que estará bem disposto sempre, mesmo em alturas em que tenhamos de esperar ou estar no mesmo local durante bastante tempo. Recebe a notícia que poderá ter que ser sujeito a nova cirurgia ao ouvido com a maior das serenidades e com um sorriso. Corremos. Olhámos juntos o rio que me é tão familiar. Conversámos e descobrimos coisas bonitas. Recebi incontáveis beijos durante todo o dia.